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Leia o texto, dispense os comentários

  • Davi Carlos
  • 4 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura


Pegar o celular, desbloquear e acessar a rede social de sua preferência: ação corriqueira, repetida inúmeras vezes no dia-a-dia por milhares de pessoas. Conectados ao mundo virtual e deparando-se com diversos acontecimentos do mundo real na rede, surge a oportunidade dos internautas manifestarem seus sentimentos em relação a determinado fato. Esse é o momento em que nos deparamos com discursos repletos de emoção, aonde parece predominar o ódio.


Publicações que abordam direitos humanos, seja em páginas policiais ou esportivas, estão cheias de comentários ofensivos, infelizmente. Racismo, homofobia e xenofobia tratados como liberdade de expressão, a partir de aparentes sentimentos de revolta, que apresentam soluções revestidas de falsa justiça e praticidade. Os justiceiros virtuais decretam ainda, quem tem ou não direito à vida. Falta compaixão e solidariedade. Empatia? Nem pensar.


Para observar uma linearidade entre os perfis dos praticantes de tais atos, faltam dados que comprovem semelhanças, no entanto, sobram cliques para uniformizá-los. Na tentativa de descrever minhas percepções após esses cliques, cito Mano Brown, aos 2 minutos e 37 segundos da música Diário de um detento: “[...] gente de bem, apressada, católica, satisfeita, hipócrita, com raiva por dentro[...].” Nossos “cidadãos de bem” mais uma vez abjuram Jesus e abraçam Barrabás.


Se no romance “1984”, de George Orwell, os membros do Partido eram obrigados a presenciar dois minutos de ódio, hoje, encorajados pela “blindagem” das telas, pessoas se valem das plataformas virtuais para compartilhar e consumir esse sentimento desprezível, criando alianças onde acreditam fortalecer convicções e transformar essa emoção num produto. Produto que circula, é disseminado e abastece um mercado onde instituições o incorporam como ideologia.


Portanto, se você, assim como quem vos fala, despreza qualquer tipo de ação embutida de ódio, siga os seguintes passos ao deparar-se com algo que desperte interesse ou curiosidade nas redes sociais: leia o texto, reflita sobre as informações e dispense os comentários.


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