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Finanças: especialistas dão dicas para ter um bom planejamento financeiro

  • Geisiana Almeida
  • 4 de jul. de 2017
  • 4 min de leitura

O AgoraJF conversou com três economistas e traz, nesta matéria especial, dicas importantes para você aprender a lidar bem com seu dinheiro. A princípio, eles reforçam a importância da educação financeira. Ana Cláudia Rodrigues, economista e coach financeira, diz que esse aprendizado é um meio importante “para nos ajudar a tomar melhores decisões com nosso dinheiro, além de conhecer ferramentas que permitam a melhor gestão dos nossos recursos”.


O economista e também professor Fernando Agra, reforça que a educação financeira torna a vida das pessoas melhor. “Uma família que não tem educação financeira vai ter sérios problemas, não só na questão do dinheiro, mas problemas como os de saúde, do trabalho. Então ela é fundamental para a qualidade de vida, para atender, além das necessidades, os desejos”, aponta.


Para o economista Luciano Costa, o planejamento é uma forma que as pessoas têm de colocar as ideias no papel, e “isso, quando acontece, facilita demais as formas de controlarmos nossas finanças”.


Ana Cláudia exemplifica: “uma cliente planejou um gasto com farmácia, mas acabou tendo que gastar mais, pois ficou doente. Como havia planejado também comprar um sapato, ela optou por abrir mão do sapato para disponibilizar mais dinheiro para a farmácia e assim não gastar além do que havia planejado.”


Erros e dificuldades


Fernando e Ana citaram os principais erros cometidos pelas pessoas no planejamento financeiro. Veja se você se identifica:




Para não ter dificuldades dentro de casa, Luciano orienta que a família compre a mesma ideia e se apoie, para não desperdiçar o dinheiro, tomando atitudes simples, como “desligar os eletrodomésticos que não estão sendo utilizados, apagar as luzes dos ambientes vazios, acumular roupas para passar, ou seja, criar o hábito do controle”.


Além disso, Fernando lembra que a maior dificuldade com o planejamento financeiro é as pessoa não terem uma orientação ou não quererem se esforçar, por preguiça. O que deve ser feito é “superar esses empecilhos, e a família precisa conversar e se organizar: ‘olha, a partir de agora nós vamos ter uma organização, nós vamos anotar o que nós recebemos, o que nós gastamos, colocar na ponta do papel e viver melhor’”.



Crise nacional


Em épocas de crise, Luciano recomenda evitar compromissos financeiros, dívidas que comprometam rendas futuras, pois “o consumidor não tem certeza se sua empresa ou emprego continuarão a gerar renda futura, devido às incertezas políticas”.


Fernando explica que estar imune a uma crise é muito difícil, mas há formas de sofrer menos. “Se nós temos uma organização para com as nossas finanças, teremos uma reserva para fazer face a despesas imprevistas, inclusive em uma situação como essa que estamos vivendo.”


Ana indica que a melhor forma de lidar com a crise é estar preparado com uma reserva financeira. “Nossa economia no Brasil ainda é instável. Por um tempo, teremos que lidar com os altos e baixos, além dos problemas políticos. Ter uma reserva de emergência permite que tenhamos um tempo para pensar nas melhores alternativas em um momento de imprevisto financeiro.”


Tipos de despesas


Diferenciando os tipos de despesas, Fernando exemplifica como previsíveis aquelas que já sabemos que vão acontecer: alimentação, moradia, transporte, escola, “e as pessoas têm que lembrar que tem IPTU, IPVA, e podem fazer uma reserva ao longo do ano, pra pagarem à vista”. Já as imprevisíveis não temos controle: “pode acontecer um problema de saúde, a perda de um emprego, bater com o carro”.


Foto: Geisiana Almeida


Ana alerta que a maioria dos gastos nós conseguimos prever, se conhecemos nossa relação com dinheiro, o que acontece quando se faz um controle do orçamento. “Digamos que o encanamento já tinha sinais de que precisava de manutenção, e você foi adiando até o problema chegar, provavelmente terá um gasto maior”, demonstra.


Família X Empresa


Ana explica que para o controle pessoal basta uma “planilha de fluxo de caixa e planejamento”. Já para as empresa, além desse fluxo, tem-se “o balanço patrimonial, para saber os bens, direitos e obrigações financeiras, e outros controles específicos para cada área ou para cada decisão que precisa ser tomada”.


Fernando conta que costuma dizer que controlar finanças familiares e empresariais é semelhante, mas, ainda assim, com suas técnicas. “Uma empresa, dependendo do seu tamanho e da sua complexidade, tem as questões fiscal, legal, tributária, e a questão do contador. A família é mais simples, mas os princípios são os mesmos. Vale para as finanças, vale para as empresas.”


Investimentos


Segundo Fernando, as aplicações financeiras mais seguras são: caderneta de poupança; Certificado de Depósito Bancário (CDB); Letras de Crédito Imobiliário (LCI); Letras de Crédito do Agronegócio (LCA); e os títulos públicos. Com exceção dos títulos públicos, todas são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), em até 250 mil por CPF ou por instituição. Isso significa que, “caso o banco venha a quebrar, a pessoa recebe”. No caso dos títulos públicos, mesmo não tendo a garantia do FGC, “os corretores dizem que é a forma mais segura, porque é garantida pelo governo”.


Ana orienta que o investimento mais adequado pode ser escolhido de acordo com seu vencimento. “É um erro muito comum buscarmos os maiores retornos sem prestar atenção neste detalhe. Por exemplo, um dos investimento mais seguros é no Tesouro Direto, que conta com uma garantia sem limite de valor do Tesouro Nacional. Nele, você pode optar pelo Tesouro IPCA - Índice de Preços ao Consumidor -, que vence em 2024, porém corre o risco de ter prejuízo ao retirar antes. Neste caso, o mais indicado é investir no Tesouro SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -, pois poderá retirar a qualquer momento.” Por isso, é importante sempre escolher um investimento com vencimento adequado para quando precisará do dinheiro.


O brasileiro sabe economizar?


Fernando: “De uma maneira geral, pelo que eu percebo, as pessoas têm muito mais o hábito de gastar do que de poupar. Então, tão bom quanto gastar, quanto consumir, é olhar e ter dinheiro no banco. Eu aconselho que as pessoas tenham o hábito também de economizar e aplicar o dinheiro.”


Luciano: “[As pessoas] estão aprendendo pela dor. Em épocas de crise financeira, elas acabam valorizando mais o dinheiro e compreendendo a importância de controlar, pois acabam percebendo a dificuldade de obtê-lo em detrimento da facilidade de gastá-lo.”


Ana: “Vivemos no nosso país um período de hiperinflação. Se você não comprasse o produto imediatamente, mais tarde no mesmo dia, o valor daquele produto já estaria maior. Esse histórico estimulou na nossa cultura o imediatismo nas compras, dificultando a cultura da poupança a se estabelecer. Mas o brasileiro sabe e tem vontade de poupar, o que falta é o planejamento para fazer isso na prática.”


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