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O saudável que faz mal

  • Adriele Clavilho
  • 28 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Você considera que se alimenta somente de forma saudável, limpa e pura? Se a resposta para essa pergunta foi sim, você pode ter sintomas de ortorexia nervosa. Mas o que seria essa palavra tão estranha? Nos dias de hoje, vemos muito se falar de anorexia, bulimia e transtornos alimentares desse tipo, mas a ortorexia alerta para o outro lado dessa balança: as pessoas que apenas ingerem alimentos que tenham pureza e qualidade e que acabam se tornando obcecadas por essa prática, sem fazerem as substituições nutricionais corretas.


De acordo com a nutricionista Carla Oliveira, gordura, açúcar, farinha, alimentos de origem animal, entre outros, não pertencem à dieta de quem sofre dessa doença. “Essa compulsão pode trazer prejuízos de longo prazo. A não inserção de certos grupos de alimentos importantes da pirâmide nutricional leva a uma alteração da conduta alimentar, fazendo com que ocorra deficiência de vitaminas, minerais… Muitos dos pacientes podem desenvolver grandes quadros de desnutrição. Assim como a anorexia e a bulimia, os sintomas são similares e restringem os hábitos de vida dos afetados, porque eles passam a querer controlar tudo o que ingerem.”



O interessante de se notar é que quem tem esse transtorno acaba sendo afetado não só no aspecto físico mas também no mental. O indivíduo costuma evitar comer em locais públicos e chega a recusar convites que envolvam comida, preocupado com a procedência dos alimentos que serão servidos. Com isso, passa a se isolar dos amigos e da família, gasta seu tempo montando “dietas” e, quando não consegue seguir a risca seu planejamento, apela para autopunição, que pode ser em forma de jejum ou até mesmo excesso de atividade física.


Quando se vê contrariando seus princípios alimentares, o indivíduo é capaz de forçar o vômito ou mesmo adotar dietas ainda mais rígidas, para compensar o “mau comportamento”. Assim, a longo prazo, pode desenvolver um quadro de depressão ou mesmo transtorno obsessivo compulsivo (TOC), caso seja pré-disposto.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 28% da população ocidental sofrem com o a ortorexia nervosa, que afeta mulheres e homens. Mas o distúrbio não é classificado como TOC, apesar de ser muito confundido com o mesmo. A psicóloga Jane Mendes explica que, para ela, “o perigo está em haver uma evolução para um quadro de depressão ou até mesmo do próprio TOC, caso já haja um histórico familiar, já que o indivíduo se sente vulnerável e julga quem não segue os seus hábitos”.




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