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Solução contêiner: de casas a restaurantes

  • Júlia Sales
  • 28 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

De uns anos para cá, todo mundo vem se conscientizando para as questões ambientais. E na hora de construir uma casa ou um estabelecimento comercial isso não seria diferente.


Contêineres no porto. (Foto: APPA/Fotos Públicas)

No início dos anos 2000, o movimento de “minicasas” (Tiny House Movement) foi iniciado pelo arquiteto estadunidense Jay Shafer, e com crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos em 2008, ganhou mais força. Segundo a Associação Americana de Construtores Urbanos (Areuea), atualmente, cerca de 1% das novas residências no país tem até 25m². E uma das opções para a construções dessas minicasas é o, não tão mini assim: contêiner.

No Brasil, esse novo conceito de construção está crescendo cada vez mais, principalmente nos grandes centros, viabilizando o custo e o tempo, uma vez que não existe o canteiro de obras e a casa já é entregue pronta, de acordo com cada projeto. Em Juiz de Fora, na mostra da Casa Design do ano passado, foi apresentado ao público um projeto de Casa Contêiner do arquiteto Fabiano Teixeira, sócio da Argus Arquitetura.


O contêiner foi revestido com lã de vidro, para o isolamento térmico, e drywall (gesso). Depois os revestimentos de madeira e porcelanato foram aplicados para os pisos e para a decoração. O arquiteto preferiu não usar tantos móveis para aumentar o espaço de circulação e, assim, dar sensação de amplitude ao ambiente. “Se for parar para analisar, não é uma casa tão pequena assim, são 30m². Então, na realidade, a gente fez um projeto arquitetônico para que coubesse tudo de uma casa ali dentro: quarto, sala, banheiro, cozinha”, analisa o arquiteto. Segundo Fabiano, uma das maiores vantagens de uma construção como essa é poder levar para onde for. É só contratar dois caminhões para o transporte e o içamento da casa: “Brigou com um vizinho, pega a casa e leva para outro lugar e fica por lá até brigar com o outro vizinho”, brinca.



Já o empresário Eduardo Borges viu em um amplo terreno de 2.000m² em plena Avenida Rio Branco, em Juiz de Fora, uma página em branco e acabou optando por contêineres para a construção do seu estabelecimento: o Experimental Container Bar. Borges é um entusiasta e acompanha, de longe, esse movimento há mais de dez anos pela Europa e Estados Unidos. “Minha ideia era fazer algo diferente, por isso o nome Experimental. E eu sempre me questionei porque no Brasil não utilizavam o contêiner na mesma frequência que outros países.”


Para a construção do Experimental Container Bar, foram utilizados sete contêineres de 12m (30m²). Eduardo Borges conta que optou por reaproveitar o máximo possível. “Reutilizei o piso original do contêiner, que é de madeira, e as chapas de ferro dos cortes feitos para janelas e portas eu reaproveitei em outros lugares do bar.” O ambiente funciona há 11 meses, mas levou cerca de um ano para ficar pronto. “Foi uma novidade para todo mundo... para mim, para os arquitetos (Skylab Arquitetura)... Não foi necessariamente barato”, conta. Ainda assim, as construções com contêineres costumam ser mais baratas do que as de alvenaria. “No caso aqui, eu prezei muito pela arquitetura. Então o fato de ter um segundo andar, ter um estacionamento para uns 60 carros, fez com que a obra fosse um pouco mais longa e não tão barata assim”, explica Eduardo.


“É um chamariz para quem passa pela Rio Branco ou passou no período da construção, então com certeza isso atrai o público para a primeira vinda. Agora para manter, a arquitetura não basta, então ter um bom atendimento, um cardápio interessante, isso sim vai manter o público”

Eduardo Borges, dono do Experimental Container Bar




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