Lixo universitário
- Vinícius Grossos
- 7 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
A Coordenação de Sustentabilidade da UFJF se prepara para iniciar um projeto de coleta seletiva, que visa a estabelecer a logística do recolhimento desses materiais na Universidade. Com o resultado do edital destinado à escolha das associações de coleta de lixo divulgado, os trabalhos devem começar no próximo semestre – ações já previstas em lei, pelo Plano Nacional de Resíduos sólidos. A Lei 12.305/2010, também conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi sancionada em 2010 e basicamente exige dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus detritos através da elaboração de planos de gerenciamento de resíduos.

A auxiliar de pesquisas da Coordenação de Sustentabilidade da UFJF, Sheila Neves, explica como feito o processo de escolha: “Nós recebemos inscrições das associações da cidade e depois fizemos um trabalho para verificar se elas estavam habilitadas para a função. As escolhidas foram a Associação Lixo Certo (Alicer) e a Associação Municipal de Catadores de Papel, Papelão de Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf). De acordo com o edital, cada um irá trabalhar neste projeto por seis meses, em regime de rodízio, pelo período de dois anos, que é quando um novo edital será aberto. Vale contar que só foram válidas as inscrições de associações e cooperativas cujos catadores tenham a coleta como única fonte de renda, não possuam fins lucrativos, apresentem infraestrutura para realizar a triagem e a classificação dos materiais coletados e realizem o sistema de rateio entre os associados ou cooperados.
A pesquisadora e professora de engenharia ambiental Maria Helena Gomes, uma das responsáveis pela execução do projeto, ressalta que, além da obrigação como uma instituição pública, há todo um incentivo social. Para que a campanha tenha ainda mais êxito, ela conta que há projetos a serem desenvolvidos: “Junto à Diretoria de Imagem Institucional, a gente pretende criar campanhas de marketing, voltadas à conscientização, para que todos os funcionários, alunos, servidores e frequentadores do campus criem um pensamento coletivo de cuidarmos do nosso espaço”.

Como curiosidade, Maria Helena conta que, no passado, em pequenas ações de reciclagem, uma vez foram recolhidos do Instituto de Ciências Exatas (ICE) cerca de 540kg de papel, papelão, envelopes e panfletos. A partir de agora, com a oficialização do recolhimento, a cada seis meses as associações que fazem parte do projeto irão prestar conta do quanto foi recolhido neste período. “O que queremos com esses dados é mensurar o quanto de material nós usamos e, a partir daí, traçar planos para reduzir estes gastos ambientais.”
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