“Levamos uma flechada, mas não estamos mortos”
- João Villareal
- 23 de mai. de 2017
- 3 min de leitura

Por enquanto, a temporada no Tupi não conta com nenhum resultado expressivo. Na primeira competição do ano, o Campeonato Mineiro, o Carijó chegou a brigar para não cair e terminou em oitavo , não se classificando para a semifinal. Já no Campeonato Brasileiro da série C, são dois jogos e por enquanto nenhuma vitória. Empate fora de casa com a Tombense e derrota diante da própria torcida contra o Ypiranga-RS. Estes dois resultados já ligaram o sinal amarelo em Santa Terezinha.
No último sábado, 20, o Tupi entrou em campo no Mario Helenio pela primeira vez desde a eliminação do Mineiro, mas o resultado também decepcionou. 2 a 0 para o Ypiranga da cidade de Erechim-RS. Apesar do clube gaúcho conseguir um importante empate contra o Joinville-SC - uma das mais tradicionais equipes desta edição da série C - por 2 a 2, na primeira rodada, ainda assim ficou um sentimento de que o Carijó poderia ter rendido mais. Na coletiva após a partida, o treinador Aílton Ferraz tentou minimizar o resultado negativo, apesar de saber de seu significado. "Foi só um resultado ruim, mas também foi um sinal de alerta para que a gente não venha a errar tanto como erramos", afirmou.
Aílton Ferraz assumiu o time em fevereiro, logo após a demissão de Éder Bastos do comando carijó. Bem-sucedido volante em seu tempo de jogador, com passagens por Fluminense, Flamengo, Grêmio e Botafogo, Aílton fez sua carreira como treinador por passagens por clubes de menor expressão no Rio de Janeiro. Sabe, portanto, da realidade financeira pouco favorável de times de porte menor. E ele leva exatamente isso em consideração ao avaliar o elenco atual do Tupi. "Nem todos clubes tem condições de bancar o salário de um atleta que vem para resolver", declarou, "não vamos entrar em desespero". Mas ainda assim não descarta reforços. "Jogadores mais experientes, mais rodados, que conhecem essa competição são sempre bem-vindos."
Para Aílton, ter confiança no elenco atual é essencial para o sucesso da equipe. "Eu falei para eles depois do jogo, eu acredito muito neles. Estou muito consciente do que estou fazendo". Esse clima será importante para o próximo desafio do Galo. Jogo na sexta, 26, na cidade de Joinville contra a equipe da casa. Os catarinenses disputaram a série A do Brasileiro apenas dois anos atrás, e são atuais líderes do grupo B, com quatro pontos somados, uma vitória e um empate. Mas se depender de Aílton, o desafio vai ser encarado ao máximo: "pode ter certeza que estou focado e com força para fazer o que a gente acredita. Não é uma derrota que vai fazer a gente desacreditar em tudo que acreditamos até agora".
O GALO E A SÉRIE C
No ano de 2009, com a criação da série D, a série C sofreu uma reformulação. A terceira divisão passou a ter 20 times – a edição de 2008 contou com 63. Os clubes são divididos em dois grupos de 10, separados por proximidade geográfica (equipes do Norte, Nordeste e Centro-oeste no A, equipes do Sul e Sudeste no B). Desde então, incluindo a atual temporada, já são quatro participações do Galo em oito da renovada série C. O ano de 2015, por exemplo, marcou o melhor inicio de Brasileirão, e a unica vez em que conseguiu duas vitorias seguidas. Não por acaso, foi o ano que marcou o único acesso do clube para a serie B em sua historia. Em 2017, uma marca que incomoda o torcedor: este é o segundo pior começo de competição, perdendo apenas para o ano de 2012, que foi a única ocasião em que o Tupi foi rebaixado disputando a Terceirona.
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