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O sonho de Batista e Vânia: bom empreendedor é aquele que faz o que gosta

  • Júlia Sales
  • 23 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Frente da casa de Batista, o lugar também é seu local de trabalho. (Foto: Júlia Sales)

A trajetória de João Batista da Silva, mais conhecido como Batista, se confunde com a de muitos Joões e de muitas Marias Brasil afora: depois de anos trabalhando “para os outros”, ele resolveu montar seu próprio negócio. Hoje, sua pequena padaria é conhecida por todos do bairro onde vive, que viram seu negócio engatinhar aos poucos. O sonho de Batista é o mesmo de quase metade da população do país. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) sobre o perfil do empreendedor, 44% dos brasileiros sonham em ter o próprio negócio.


Batista tem 48 anos, estudou pouco, só até a quarta série do ensino fundamental, pois precisava ajudar os pais na lavoura. Na adolescência, deixou a roça e começou a trabalhar em diversas padarias de Leopoldina, cidade onde mora. Segundo ele, foram mais de 30 anos com a “mão na massa”. Mas seu Batista pensava longe... Quando Vânia, sua esposa, engravidou, ele começou a repassar para ela o que aprendeu, assim ela poderia trabalhar em casa e o filho não ficaria sozinho. Com essa produção "caseira" de ambos mais o emprego fixo de Batista na padaria, a família conseguiria passar o mês.


Casal começou com um peuqeno pôster na porta de casa: "aceitamos encomendas". (Foto: Júlia Sales)

Aos poucos, ainda trabalhando fora, Batista juntou dinheiro, foi arrumando sua casa, comprou e ganhou algumas máquinas. E sempre pensando no futuro.

Começou com um pôster “aceitamos encomendas” no portão de casa - que ainda continua lá -, e elas nunca pararam de chegar. Há pouco mais de um ano, eles abriram oficialmente seu negócio: Delícias do Batista e Vânia, no final do Bairro Bela Vista, em Leopoldina.





MEI: Microempreendedor Individual



Hoje em dia, registrar-se como microempreendedor está mais fácil. “As questões burocráticas como a formalização do negócio já foram consideradas uma das principais barreiras para se começar um negócio", explica o professor e coordenador da incubadora de empresas do CEFET – MG de Leopoldina (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Campus III), especialista em gestão, inovação e empreendedorismo, Rodrigo Lacerda. "Com a criação do MEI – Microempreendedor Individual, essa barreira foi eliminada, já que hoje em dia o próprio empreendedor pode fazer seu cadastro e conseguir seu CNPJ.”


Segundo o especialista, o fato da maioria dos empreendedores desconhecer o que é uma estrutura de custos fixos e variáveis e qual seria o valor de faturamento necessário para se obter o ponto de equilíbrio do negócio ainda é uma barreira que precisa ser ultrapassada. “Uma ferramenta que ajudaria a minimizar essas dificuldades é o planejamento do negócio”, orienta.



Fortalecendo o negócio com ações simples de marketing



Seu Batista utiliza o Facebook para espalhar as fotos das delícias que saem do forno. Além disso, criou um grupo no WhatsApp onde avisa quando sai pão, envia fotos e recebe encomendas.

Investimentos e foco



Na conversa, Batista revela sua vontade de ensinar. Ele tem projetos para realizar cursos básicos para a população, mas como seu negócio é novo - “ainda é um bebê” -, o trabalho pede dedicação exclusiva. Ele ainda é chamado por algumas padarias para repassar seu conhecimento para novos padeiros, e vai alimentar outros sonhos. O seu grande sonho já está realizado: ser dono do próprio negócio.



Durante toda a entrevista, Batista esteve com um sorriso no rosto e várias crianças da vizinhança acompanhavam nossa conversa. Como microempreendedores, ele e dona Vânia, mesmo sem estudo, sabem que o principal é gostar do que se faz e os resultados aparecerão. E o professor Rodrigo Lacerda assina embaixo. "Procurar trabalhar com um negócio que lhe dê prazer, gostar daquilo que está fazendo, é o mais importante para começar pensar em montar algo seu. Os resultados financeiros obtidos no negócio devem ser uma consequência do trabalho desenvolvido e não o primeiro objetivo a ser alcançado”, comenta.




Confira os cursos oferecidos na 2ª Semana Qualifique-se do CRITT\UFJF (Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia)


Saiba mais sobre: Microempreendedorismo



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