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O raio pode cair duas vezes no mesmo lugar?

  • Davi Carlos
  • 17 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

“Às 6 horas da manhã, três viaturas estacionam diante de sua casa. Seis policiais armados, inclusive com metralhadoras, batem na porta e entram. Lula é levado [...]”. O episódio narrado nas linhas anteriores, extraído do site do Instituto Lula, poderia caracterizar a condução coercitiva a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido, em março de 2016. No entanto, o fato descreve a prisão do então sindicalista em 21 de abril de 1981.


A similaridade dos fatos que cercam Lula no início da década de 80 e os últimos anos aparece em algumas situações. A acusação que sustenta o processo jurídico contra o ex-presidente é a reforma de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista, que, segundo a acusação, pode ter sido reformado com dinheiro de compensação à propina recebida por empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato. Há 19 anos, Lula protagonizou um episódio parecido. O petista, em meio à corrida presidencial de 1998, estava sob suspeita em relação ao dinheiro recebido para a aquisição de uma cobertura num prédio em São Bernardo.


Naquela época, Lula era uma figura pouco midiática, rústica e ameaçadora aos olhos da elite. Outra semelhança entre fatos jurídicos envolvendo o ex-presidente se dá na condição do julgamento que Lula está envolvido no momento.


Crédito: Henfil Revisitado

“No início dos anos 80, falávamos de um governo militar, uma ditadura, período muito tenso. Ali, o julgamento é sabidamente político, não se tem a preocupação em mascarar isso. Mas e hoje, o Lula vive um julgamento dentro do estado democrático de direito? Porque, pela forma como o julgamento é guiado, não parece, a entrega que a capa da 'Veja' fez na semana passada, Lula x Moro, caracteriza isso. Mas como um juiz vai arbitrar uma luta sendo que ele é parte que luta? Tanto que, hoje em dia, alguns autores vão falar que estamos vivendo uma ditadura judiciária, que escamoteia dentro de todo ritual jurídico o julgamento político”


- Cícero Villela, assessor de comunicação política.





Resiliente, Lula perpassou por várias situações envolvendo denúncias e acusações desde o início de sua trajetória política e, hoje, divide opiniões no cenário político polarizado.


No depoimento ao juiz Sérgio Moro, realizado no último dia 10, Lula critica a imprensa apontando dados, afirmando que alguns dos maiores veículos de comunicação do país são incisivos em culpá-lo. Essa situação, coloca em voga algumas questões: será que o julgamento hoje transcende os tribunais e aparece na grande mídia com o intuito de enfraquecer a possível candidatura de Lula à presidência da República em 2018? Ou os veículos convencionais agem em serviço da população, desconstruindo a figura popular do ex-presidente?



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