'O Baeta voltou para ficar!'
- Gustavo Fonseca
- 16 de mai. de 2017
- 3 min de leitura
Pouco mais de dez meses após o retorno ao futebol profissional, comandado por Alberto Simão, Tupynambás FC já projeta as próximas temporadas: 'Vamos disputar títulos'

Neste sábado, 20, o Tupynambás entra em campo para o seu último compromisso no Hexagonal Final do Campeonato Mineiro Módulo II. Sem chances de conquistar uma vaga na próxima edição da elite mineira, a partida contra o Betinense, em Nova Serrana, no Sul de Minas, às 16h, marca não somente a despedida do Leão na competição estadual, mas também dos torneios oficiais em 2017.
Sem calendário para o segundo semestre, o momento é de balanço dos últimos meses e de projeção para 2018. É o que destaca o gestor do futebol profissional do clube, o empresário Alberto Simão. “Estamos fechando a nossa segunda temporada com o primeiro título profissional do clube, no ano passado, e uma classificação improvável para a fase final, disputando esse ano o acesso à divisão principal. Para um início de trabalho, isso foi muito positivo”, lembra o diretor.
A inscrição na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro do último ano marcou os passos iniciais da volta baeta aos gramados, em agosto de 2016. Com o título garantido em sua estreia, 2017 começou com um tempo de pré-temporada menor para o clube, em comparação com os adversários – cerca de três meses entre o término da divisão inferior e o início do Módulo II. “O sucesso logo de cara impulsionou a sequência dos trabalhos, mas me arrependo de não ter reforçado a equipe no início deste ano. Esperei a fase final para trazer novos jogadores, e isso não melhorou nosso desempenho”, lamenta o gestor, acrescentando ainda que esperava o público mais frequente nos jogos em casa:

Com a garantia de calendário para o primeiro semestre de 2018, Simão afirma que no próximo ano o projeto ganhará novos objetivos. “Renovamos o contrato com a comissão técnica e começamos a estudar o mercado de jogadores, a partir de agora não entraremos mais em campeonatos apenas para participar, vamos disputar títulos”, garante.
'Começamos do zero: dos pratos e talheres da cozinha ao material de treino e jogo'
O Tupymanbás tem 105 anos de história, e estava há nove afastado do futebol profissional. Foi neste tradicional clube do bairro Poço Rico que Alberto Simão encontrou a oportunidade de retornar a Juiz de Fora com um projeto a longo prazo. “Trabalhei no Tupi em 2014, e aqui percebi uma cidade com o porte e espaço para manter mais de um clube em atividade. Cheguei a convite da presidência, e firmamos um contrato extenso, com mais quatro anos de vínculo”, esclarece Simão.

“A intenção inicial era estruturar o clube, prepará-lo para o esporte em alto nível, para receber uma equipe de profissionais. Começamos do zero: dos pratos e talheres da cozinha ao material de treino e jogo”, salienta o empresário, deixando claro que a intenção, no aspecto técnico, é o foco na produção de jovens atletas. “Buscamos formar o elenco com garotos que estão chegando ao profissional, dando atenção aos jogadores da região e contratando um treinador especialista nesse tipo de trabalho”, destaca.
Ouça no áudio as palavras do treinador do Tupynambás, Ludyo Santos, sobre a montagem do elenco e a formação de jovens atletas para o mercado do futebol:
A marca do artilheiro no retorno Baeta
A volta do futebol profissional do Tupynambás FC também marcou o retorno do maior artilheiro do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, o atacante Ademilson, 43. O atleta, carinhosamente conhecido como Adê, atua por seis anos na cidade – cinco pelo Tupi, entre 2007 e 2011, e um pelo Tupynambás, anotando ao todo 52 gols em Juiz de Fora. “Essa cidade me abraçou, e eu me considero um vencedor, um privilegiado por ter construído minha história de jogador por aqui”, afirma o camisa 9.
Ademilson fez parte da retomada do Leão, desempenhando um papel de destaque no elenco baeta em 2016 e 2017, sendo artilheiro - com nove gols - da equipe campeã da Segunda Divisão, e referência, como jogador mais experiente, no elenco do atual Campeonato Mineiro do Módulo II. “A temporada do ano passado foi fantástica, dei meu máximo pelo clube e conseguimos o acesso como campeões. Esse ano as coisas não terminaram como esperávamos, mas o grupo mostrou muita união, e isso foi muito importante”, enaltece Adê, que voltou este ano para a fase final e tem dois gols nesta temporada.

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